domingo, 27 de setembro de 2009

Texto narrativo a partir do poema "A PESCA" de Affonso Romano de Sant'Anna

A PESCA

Ao amanhecer, o céu anil predizia um bom dia. Animado, o pescador tomou o anzol e lançou-o. No azul intenso do mar, abriram-se suaves anéis ondulantes. Um leve silêncio e as ondas embalavam o pescador. O tempo parecia ter parado. Não havia sinal de peixe.
Pacientemente o pescador recolhe o anzol, não havia mais isca. Prepara-o de novo e, desta vez, mergulha a agulha verticalmente, suave, como se pedisse passagem.
Desta vez não precisou aguardar muito, logo observou um movimento familiar na água. Em seguida, sentiu a linha ser puxada com força. O peixe se debatia fazendo espuma na superfície. O pescador deu corda, esperou algum tempo para o peixe se cansar. O silêncio era agradável, sabia que o peixe estava lá, nadando de um lado para o outro.
O peixe estava agoniado, sentia na garganta a âncora que o prendia. Estava cansado e desesperado por tirar da boca aquele metal.
De repente o arranco. O pescador rapidamente começa a girar a carretilha e puxar o peixe, que sentia em sua boca um rasgão.
Era finita, não tinha mais como resistir... Abnegado o peixe se entrega. Eufórico o pescador vibra. Havia conquistado finalmente um troféu.
Que troféu?

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